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3º LUGAR CONCURSO PÚBLICO DE CONCEÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DA REPÚBLICA EM SACAVÉM . LOURES . 2020  CLIENTE - MUNICÍPIO DE LOURES
CO-AUTORIA: ARQUITECTO RODRIGO COELHO
A Praça da República é um hoje um espaço urbano incaracterístico e devassado pelo tráfego automóvel. O modo como se processa o atravessamento automóvel nas várias direções, mas também o modo como se processa o estacionamento e circulação viária dentro de toda a área, é pouco disciplinado e sem uma lógica que se entenda, coexistindo no mesmo espaço a circulação de pessoas e de veículos, de forma desordenada e sem hierarquia.
Por outro lado, verifica-se a presença dominante, mas desqualificada do conjunto formado pelo edifício da Convento de Nossa Senhora dos Mártires e pela Igreja de Nossa Senhora da Purificação, cuja escala e implantação isolada e elevada, recordando uma acrópole, constitui o ponto focal da área em questão.
A proposta desenvolvida tem como desígnio principal repensar e redesenhar um espaço urbano que assume o espaço público como matriz da sua urbanidade e identidade, e como principal elemento ordenador do urbanismo e da paisagem urbana.
 Em termos de estratégia geral a solução apresentada apoia-se em duas premissas fundamentais:
1 - Delimitar e conter para uso do peão sobretudo os extremos norte e poente da área de intervenção, conferindo uma forma que estabilize e torne significante estes sectores da “Praça”, permitindo assim qualificar e devolver o espaço público ao peão, ao mesmo tempo que se valoriza o convento e igreja no contexto da praça, reposicionando-os como elementos primordiais.
2 - Resolver de forma eficaz a circulação automóvel, a localização das paragens de transportes públicos e o estacionamento na área de intervenção, articulando-a com os demais espaços verdes e de utilização pedonal, por forma de garantir uma estrutura e imagem urbana articulada e que privilegie a escala humana, e o funcionamento integrado dos fluxos pedonais, cicláveis e viários.
A estrutura de espaços abertos proposta constitui-se como um sistema contínuo e hierarquizado que articula vários subsectores. De forma simplificada pode dizer-se que a franja nascente assume um carácter mais viário, enquanto a poente domina um sistema claramente dedicado ao uso pedonal.
Esta opção permitiu alargar a superfície de uso pedonal contigua à área do quartel, configurando um trapézio de forma alongada no sentido norte-sul. Esta nova plataforma - designada como “Bosque Urbano” – desenvolve-se ao longo do limite nascente da igreja e quartel sendo intersectada pela “Praça Alta”, que constitui a principal referência e espaço matricial do conjunto projetado.
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