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REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIO NO CAMPO DAS CEBOLAS 43. LISBOA . 2014 . 1500 m2 . CLIENTE - IMPÉRIO 27 . FOTOGRAFIAS - FRANCISCO NOGUEIRA
O n.º 43 do Campo das Cebolas é um exemplo notável da Arquitectura Pombalina, num edifício de 5 pisos virado para o Rio Tejo. Apesar de ter apenas uma frente, o facto de ser pouco profundo e estar virado a Sul torna-o muito luminoso.
Encontrámo-lo em razoável estado de conservação ao nível da estrutura, mas a adaptação de algumas frações em escritórios de agências de navegação deixou cicatrizes graves.
Originalmente, o edifício de planta rectangular era dividido a meio pelas escadas e separava dois apartamentos de tipologias grandes.
O programa previa a divisão em apartamentos mais pequenos. Para isso, optámos por criar uma nova fracção T1 em frente ás escadas, aproveitando uma entrada que já existia, e deixar as duas fracções laterias com dimensões maiores e com tipologia T2.  A estrutura foi mantida e os corredores que definem os espaços interiores também.
Foi colocado um elevador adjacente á escada, com saída para o patamar principal.
A cobertura foi totalmente refeita, com a mesma inclinação e num plano único, mas introduziram-se trapeiras, alinhadas com os vãos inferiores. Isto permitiu uma melhor utilização do espaço do sótão e aí instalaram-se dois apartamentos especiais, em open-space, com cobertura inclinada e com a estrutura metálica à vista. 
Optou-se se pela colocação de painéis solares sobre a cobertura dado que se trata de uma água única de grande dimensão virada a Sul e os painéis puderam ficar complanares com as telhas.
O princípio geral da intervenção foi recuperar a essência primitiva do edifício pombalino, quer nos materiais quer nos pormenores construtivos. Reutilizámos todas as portadas e portas, os azulejos que revestiam o interior das chaminés e a pedra que encontrámos serviu para o pavimento na zona do elevador no piso de entrada.
Os novos materiais de revestimento também respeitam a época de construção do edifício: madeira, pedra ou azulejo. 
Durante as escavações arqueológica, foi encontrada a Muralha Romana no local onde estava previsto o elevador.  Não foi possível deixá-la à vista, mas ficou mais um troço deste Monumento Nacional bem localizado e caracterizado.
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